Álvaro de Campos: sofrimento e solidão


Olá, readers! Aqui é a Larissa e vou iniciar meu post com alguns versos de Álvaro de Campos, um dos principais heterônimos de Fernando Pessoa.
[...] Estou só, só como ninguém ainda esteve,
Oco dentro de mim, sem depois nem antes.
Parece que passam sem ver-me os instantes,
Mas passam sem que o seu passo seja leve.

Começo a ler, mas cansa-me o que ainda não li.
Quero pensar, mas dói-me o que irei concluir.
O sonhos pesa-me antes de o ter. Sentir
É tudo uma coisa como qualquer coisa que já vi.

Não ser nada, ser uma figura de romance
Sem vida, sem morte material, uma ideia,
Qualquer coisa que nada tornasse útil ou feia,
Uma sombra num chão irreal, um sonho num transe.


0 comentários:

Postar um comentário

Seguidores

Apenas entre leitores Copyright © 2013 - Todos os Direitos Reservados